quarta-feira, 4 de maio de 2011

Um dia de sol. Uma noite de chuva.

Se eu tivesse uma palavra te dava passarinho amarelo,
em troca do seu canto na porta que fizeste abrir dentro de mim.
Tenho medo da luz.
Fecho as portas, as janelas, e escondo por entre os dez passos que nos separam.
Um dia palavra a reclusa continuará reclusa.
Assim a vida se faz.
No silêncio que guarda mistérios, não há nada de mais.
Apenas mistérios.

A necessidade de uma palavra minha, para mim, por mim, e escondida de mim. Apenas uma palavrinha, que na tentativa de matar uma dor, faça nascer outro sentimento qualquer. Um sentimento. Me falam de um silêncio de quem fez amor. Amor de verdade. Aquele amor que nunca fiz e sei qual é. Um amor essencial, universal, que sendo incondicional ainda não pude alcançar. Desculpe, sou da geração do apego. Dos bens materiais exacerbados. Da necessidade de afirmação, de trabalho em prol de...Desculpe, ainda não tive tempo de amar, quem sabe daqui há algumas horas, tenho um espaço vago na agenda. Ah, não posso, meu ônibus já vai passar. Amor, voce pode ficar para um dia desses de chuva? Em que tudo já está caótico mesmo, nada funciona na cidade de São Salvador, e a única vontade que te consola é a malemolência geral. Tenho medo de voce tomar tempo demais, e um dia quando resolver partir, eu perceber que algum espaço vai permanecer vazio. Como assim nasceu. Vazio.

domingo, 1 de maio de 2011

Pensei, cocei as mãos, olhei tantos outros com tantas outras informações ou deserviços que poderiam ser mais úteis do que uma mente pelo espaço, vagando descompromissadamente, pode contribuir. Titubiei. Ah, algumas palavrinhas que nínguem verá, só para mim, e para todo mundo. Vou brincar de solidão na rede. Brincar de estar só, com o grande irmão virado de costas, escovando os dentes na sua pia de metal. Vou brincar de estar solta pelo espaço, vagando em micro-partículas geladas, que não se prendem. Que não se pensam. Balançar na rede. Também não gosto dessas coisas, meu querido blog, hoje eu...afs! E ao mesmo tempo sinto como se alguma angústia presa na pele possa sair e se encontrar com outras angústias, formem um contradição juntas, escrever para não explodir, mas escrever o que não possa ser lido, sim sentido.
Tudo liguído. Amores, amizades, fotografias, memórias, identidades, fakes...já não sei mais qual a doença que eu tinha ontem. Tudo se foi pelo ar. É tempo do ar.
É melhor eu começar, talvez eu me esqueça de quem eu sou, assim conto com o auxílio de um recurso histórico do nada...
Talvez amanhã eu volte, inspirar por minha 'borboleta nos olhos', a quem tanto devo a vontade de escrever...
Talvez amanhã eu volte,
Talvez amanhã...

Ensaio precário de um solo sintético.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Função do Movimento Abre Rodas...


Dique do Tororó
17 de outubro de 2010...

Missa e praia céu de anil hoje é
Domingo, as boas energias que emanam as águas do dique do Tororó inspiraram paz, harmonia e palhaçadas. Casais, crianças, velhos, cachorros, vendedores, moradores de ruas e quatro palhaç@s até então ansiosos em sua parca vivencia do que a rua realmente clama e o que clamam da arte em si.
Quatro energias em uma caótica órbita.
Uma única função: se misturarem a todos elementos daquele espaço provocando o riso pelo encantamento, a alegria pelo desprendimento, e o amor pela vida. Ao som magnético do tambor, os olhares se conectaram e finalmente aquela entrada de ar,
alívio,
com muita coragem a roda foi formada, e o mais difícil, mantida. Uma vitória para aqueles que saem do comodismo e partem rumo a prática, levando na cara, mastigando, engolindo, e regurgitando. Segundo a segundo a argila se molda, e observamos o que funciona, o que não passa de teoria, e o que muda dentro de cada um de nós.
Aos tropeços, arremessos, adereços, e endereços, a missão foi concluída como dois olhos que se abrem para a luz rosada do final de tarde, com vontade de ver outra vez o sol nascer e se por, numa seqüencia sem fim, ver o jogo cíclico da vida se estender no sorriso e carinho das pessoas que tiveram a partir daquele momento a liberdade de sorrir contra um sistema opressor de alienação televisiva em fim de domingo. Esses quatro trapalhaços experimentaram o mais fino mel da abelha abelhinha, e a delicia de sua ferroada no nariz, o gosto da liberdade que um sorriso proporciona por você ser você mesmo.

Coxinha;Farrapo; Zóinha e Fidalguino.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

The Wall!

Viva a rede global de comunic
ação
um muro
Berlim
China
México
meu vizinho
cada tijolo,
constrói e destrói,
tróia e seu pre sente.
privatiza e coletiviza.
Viva a telepatia real
de um mundo virtuatual.